Os McCann, pais da desaparecida Maddie, só vão ao programa de Oprah se lhes for pago 1.3 milhões...A procura pela sua filha desaparecida há muito acabou, agora são artistas da dor, mostrá-la num reality show que já ninguém quer ver.
Elogio ao amor por Miguel Esteves Cardoso
Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas.Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber.Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo. O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão.Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e é mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões.O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática.O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, banançides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?O amor é uma coisa, a vida é outra.O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos.Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade.Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo.O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. é uma questão de azar.O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra.A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina.O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente.O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessýria. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser.O amor é uma coisa, a vida é outra.A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz.Não se pode ceder. Não se pode resistir.A vida é uma coisa, o amor é outra.A vida dura a Vida inteira, o amor não.Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."
No dia 6 de Agosto de 2003 fui ver ao vivo a inauguração do novo estádio de Alvalade. Nesse ano tinhamos jovens como Ronaldo e craques confirmados como João Pinto. O estádio tinha mais de 50.000 espectadores. O sporting conseguiu sempre manter uma média de 30.000 pessoas por jogo. Ontem, num pobre jogo, pouco mais de 6.000 pessoas viram o Sporting vs Beira-Mar. Triste ver aquele estádio vazio, mais triste ver o quão mal o Sporting joga.
Amor - Este jogo misterioso que vai do amor de um corpo ao amor de uma pessoa pareceu-me suficiente belo para lhe consagrar uma parte da minha vida.
in Memórias de Adriano por Marguerite Yourcenar
Começou ontem a CAN 2008. Campeonato de África. Futebol no estado mais selvagem, físico e bonito. Futebol à solta. Com tigres como Drogba, Eto o, Muntari ou Feidouno.
A merda das escadas rolantes do metro da Alameda estão avariadas há mais de um mês. Caramba, ninguém vê isto?
Restauração tuga
Fui a um café e pedi um chá de tília. Deram-me uma chávena com água e puseram-me o pacote ao lado. O que se segue? Quando pedir um café vou ter que ir tirá-lo?
Restauração tuga
Fui a um restaurante de uma conhecida cadeia de rodízio. Escolhi a opção de três carnes mais três acompanhamentos. Havia outra modalidade que permitia que escolhesse o que me apetecesse e depois era pesado o meu prato e eu pagaria conforme o peso do prato. Escolhi três carnes e três acompanhamentos, como as colheres estavam viradas para o meu lado e não para o dos empregados servi-me. No fim pesaram-me o prato e explicaram-me que quem se serve tem o prato pesado na balança. Ripostei e disse que não havia indicação disso perante uma empregada mal-educada de cabeça baixa que não me respondeu. Má formação.
No jogo da Taça com o Aves os portistas assobiaram Quaresma. O melhor jogador do campeonato! Deviam ter era um Purovic ou um Bynia....
Taça
Triste sinal. O único jogador do Sporting que joga bem e com garra é aquele que diz que não gosta de futebol. Simon Vukcevic....
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