Cinema - Terminator Salvation
Que filmaço!
Primeiro o grande elenco. Christian Bale como o mítico John Connor, o determinado líder da resistência humana contra as máquinas. Bale é sombrio, atormentado. Uma personagem negra mas com um fundo bondoso e uma quase ingénua esperança na vitória de algumas dezenas de humanos sobre milhares de bens equipadas máquinas.
Sam Worthington aparece-nos na primeira cena como um deliquente em 2003 prestes a ser executado. Voltamos a vê-lo no presente da acção , 2018, sem que o próprio saiba o que é. A busca pela sua identidade é filosófica como a eterna busca humana pelo sentido da vida. Na complexidade da personagem, nas cenas de acção e o no desempenho do actor Marcus faz uma grande sombra ao protagonista Bale. São com Marcus as melhores cenas de acção fugindo ou lutando com as máquinas ou na fabulosa cena em que percebemos o que Marcus na realidade é.
Boa nota para a belíssima Bryce Dallas Howard (A senhora da água, A Vila) como ponto de equilíbrio de Connor como sua mulher e médica. Parece um oásis de limpeza e esperança no meio do negro que a rodeia. Bem construída a personagem que veste de azul num filme em que as roupas dos resistentes são pretas ou cinzentas escuras.
Nota de boas vindas a Moon Bloodgood como membro da resitência, feroz combatente mas ao mesmo tempo rendida à personalidade e , literalmente, ao forte coração de Marcus.
Muitos mais aparecem na fita mas, destaco apenas mais uma grande actriz. Helan Bonham Carter, bem vinda ao cinema fora de Burton, fica-lhe bem vir cá fora e mostra a sua classe e qualidade enquanto actriz. Carter representa uma médica que convence Marcus a doar o seu corpo à ciência. Chegamos a perceber se há nobreza nos actos da personagem de Carter?
Debruço-me nos actores porque são eles quem reinam. A história? Não se espera que acabe, portanto são duas horas de acção non-stop com uma boa fotografia, efeitos-especiais de última geração e cenários pós-julgamento final. Um filme que nos agarra ao telão, que nos faz admirar a brava resistência e seus heróis e, acima de tudo um grande filme que entretém com história suficiente para não se gastar na acção da guerra homem vs máquina ou criador vs criatura, mas, não com história suficiente para nos aborrecer. No fim não há dúvidas. they will be back. Soon, we hope.
PS: Deliciosa a cena em que uma das máquinas de último grito aparece com a cara de Arnold.