Um bébé radioso, um defunto e uma mudança
A imprensa portuguesa mudou em pouco mais de duas semanas graças a tres acontecimentos: o nascimento do Sol, a morte do Independente e a restruturação do Expresso.O Sol é o novo semanário e visa atacar a cota de mercado do Expresso, no entanto demarca-se: é mais popular sem ser cor-de-rosa ou escandaloso, é mais barato e pretende captar mais público feminino que o Expresso.
O Sol demarca-se do Expresso logo na primeira página ao dizer: "um jornal que vale por si", "este semanário não oferece brindes nem faz promoções" dando assim o recado ao Expresso. O novo jornal foi ideia de José António Saraiva justamente ex-director do Expresso, cansado da linha editorial do jornal de Pinto Balsemão , Saraiva quis criar o Sol dentro do grupo Impresa que não aceitou a ideia.
A ideia de Saraiva cresceu e o Sol nasceu a 16-09-2006.
Por outro lado morreu o jornal de Paulo Portas e Miguel Esteves Cardoso, o irreverente Independente arrastava-se na penúria após os seus anos de ouro. Palavra de agradecimento ao jornal que fez tremer a classe política com as suas bombas em foram de noticia e com as suas manchetes inflamadas. Obrigado e adeus. RIP
Para responder ao Sol o Expresso mudou. O Expresso, simbolo elitista dos cultos portugueses( é ve-los ao sábado com o saco do Expressp) mudou e ao mudar deixou de ser o Expresso de sempre.
Agora é mais barato, diz-se que porque gasta menos papel mas é mais barato porque o Sol é mais barato, O Expresso já não è aquele jornal monstro em tamanho, tem agora o modelo berliner que lhe dá um ar mais catita mas também o descarateriza.
O Expresso tem medo do Sol, tanto que até oferece dvds.
O Sol veio para ficar porque permite uma leitura mais simples e acima de tudo porque o Expresso teve medo e mudou. Os leitores querem coragem nos seus jornalistas.
"è melhor viver na esperança que da saudade"
Diário de Noticias , 01-01-1900