Shrek, o Terceiro

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Shrek, o primeiro, mudou para sempre os desenhos animados. Se na tecnologias 3D Toy Story foi o pioneiro da nova animação, Shrek foi o pioneiro no conteúdo dos novos desenhos animados.

Quando apareceu o ogre verde a ordem natural da narrativa de desenhos animados: o monstro feio afinal era o herói bondoso, a princesa era afinal um montro que arrota e o principe encantado era afinal um vaidoso menino da mamã ( uma fada que afinal é má).

Mas Shrek não inovou só no tema e na tecnologia (fabulosa), os criadores de Shrek perceberam algo fundamental: as crianças já não queriam o tradicional conto em que o bom luta com o mau e tudo acaba bem, a crianças já não têm a mentalidade da geração Bambi e queriam mais. E Shrek foi muito mais.

A revolução continuou em 2004 com Shrek 2. Com tecnologia ainda mais desenvolvida que nos ilude , já que parece que estamos a ver a realidade e não animação e, com uma história ainda mais animada Shrek 2 fez grande furor. Shrek tem como caraterística principal gozar descaradamente com os contos de fada tradicionais: vemos aparecerem no ecrã Pinóquio ou Bela Adormecida numa paródia.

Shrek inaugurou uma nova era da animação: pais e filhos a rir juntos a ver uma história sem falsas morais.

Para além de Shrel himself os heróis são : Fiona (a princesa verde), o burro (hilariante) e ainda o Gato das Botas (galã).

Neste terceiro episódio da saga a história perde algum fulgor mas ainda assim é puro divertimento e com imagens que nunca se imaginaria serem produzidas por computador. A grande novidade é ver os filhotes do Shrek.

Saúde-se o regresso do rei da animação: o grande ogre verde.
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Voltas agora para o ventre mas percebes lentamente que já lá não cabes. As lágrimas de criança são agora chuva. A infância morreu, adormeceste e não foste ao funeral. Foi tudo tão depressa que não te podeste despedir dos teus brinquedos, dos teus heróis e dos teus sorrisos.
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Partiste partindo-me. Foram bons os dias de sol naquele refúgio onde enrolava as dores velhas à tua língua estrangeira. Chegaste triunfante e todos te cobiçaram. Eu mantive-me no meu reino, rei de nada, mas de um nada meu. Resististe a todos os que te queriam comprar e deste-te a mim. Abri-te as portas só para me fechar dentro de ti. Queria o teu suor no meu peito, entrar em ti e explorar-te as entranhas. O teu suor são hoje lágrimas minhas.


Vieste quando eu já perdera a esperança em esperar. Vieste e ficaste o tempo suficiente para eu sentir que te foste e não voltas. Vieste e foi tudo tão curto, mas tão sincero. Sei que foi bom, sei que queria mais, sei que não pode ser. Tiveste que partir e eu não posso abandonar-me para ir atrás de ti. Partiste partindo-me. Na tua pátria estrangeira pensas em mim e , eu estrangeiro em mim mesmo penso em ti. És o meu sol que nasce ao contrário.