Nine

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Laço branco com cheiro a Morangos

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Michael Haneke (Funny Games, os dois) regressa aos ecrãs portugueses com "Das weisse Band", o Laço Branco. A acção de 2h25 é falada em alemão, mostrada a preto e branco e passa-se toda, entre 1913 e 1914, num pequena  e austera aldeia alemã.
Um narrador,tímido professor, vai relatando a vida da aldeia, apresentando as personagens e dando a conhecer uma série de incidentes que assolam a calma do povoamento.
Em termos de personages, há, para além do trintão professor, o Sr. Barão, de mau génio, mas que emprega metade dos aldeões, a Sra. Baronesa, pouco satisfeita com tão campestre vida, e o filho Sigi. Um segundo núcleo é o da família do Sr. Pastor que educa os filhos com pulso firme. Dois dos seus filhos dão origem ao laço branco que baptiza a fita: após terem chegado atrasados para jantar, o Sr. Pastor decide colocar-lhes uma fita branca, para se lembrar sempre que, para além das tropelias, todas as crianças têm uma faceta pura que o branco simboliza.

O terceiro núcleo é o do Sr. Feitor, da sua mulher e dos estranhos filhos. Há ainda a parteira da aldeia e seu filho deficiente. O perverso Doutor e os seus dois filhos, orfãos de mãe.
Depois, os incidentes. Sem explicação, o médico cai de cavalo, uma camponesa morre, o filho do Barão é espacando, o filho deficiente da parteira quase fica cego. O professor começa a investigar.
Cru. Cruel. Aústero. Misterioso. Com influências de Bergman. A obra-prima de Haneke.


A personificação das leis de Murphy

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Havia dias em que ele se pensava como a personificação de todas as leis de Murphy ao mesmo tempo. O despertador tocava mais cedo do que devia e ele não conseguia dormir mais. O metro atrasava-se e ele, atrasado, chegava ao trabalho depois de num metro vazio, um tipo grande, feio e mal-cheiroso se ter sentado ao seu lado.
Lá, no sítio do ganha-pão que era mais de tudo perder, os dias eram de duas formas: de muito trabalho que o vazia suar por dentro e por fora ou de quase nenhum, o que lhe dava um tédio quase mortal. E o computador que usava, por vezes bloqueava. Mas só nos dias de muito trabalho. Nos outros era ligeiro.
No caminho de volta à toca o metro dava-lhe quilómetros de dessassossego. Chegava à plataforma mesmo a tempo de ver o metro partir e esperava quinze minutos por outro.

O Sítio das Coisas Selvagens

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A partir do livro de Maurice Sendak, Spike Jonze realizou "O Sítio das Coisas Selvagens" que, há pouco, se estreou nas salas portuguesas.
Max, é uma criança perdida, que está a crescer mas não percebe o mundo onde vive. O pai partiu, a mãe passa muito tempo com o namorado e a irmã tem as suas contas a ajustar com a sua própria adolescência. Max anda revoltado com tudo e numa noite acaba por discutir com a mãe e fugir de casa. Depois de muito correr, Max encontra um barco que o leva a uma estranha ilha.
Lá chegado dá de caras com uma série de estranhos animais, "Coisas Selvagens", das quais se torna rei.
É um filme que apela à imaginação, que nos leva ao centro do mundo de uma criança mas que nos faz reflectir sobre os labirintos nos quais todos nos perdemos.
Afinal de contas "dentro de todos nós há uma coisa selvagem".

Que força é essa? - Sérgio Godinho

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Vi-te a trabalhar o dia inteiro


construir as cidades pr´ós outros

carregar pedras, desperdiçar

muita força p´ra pouco dinheiro

Vi-te a trabalhar o dia inteiro

Muita força p´ra pouco dinheiro



Que força é essa

que força é essa

que trazes nos braços

que só te serve para obedecer

que só te manda obedecer

Que força é essa, amigo

que força é essa, amigo

que te põe de bem com outros

e de mal contigo

Que força é essa, amigo

Que força é essa, amigo

Que força é essa, amigo



Não me digas que não me compr´endes

quando os dias se tornam azedos

não me digas que nunca sentiste

uma força a crescer-te nos dedos

e uma raiva a nascer-te nos dentes

Não me digas que não me compr´endes

Mickey - 80 anos

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O rato mais famoso do Mundo -  Mickey - teve a sua primeira aparição na BD norte-americana há, exactamente, 80 anos.

"A Cidade" em cena a partir de amanhã

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Ora aqui está uma peça que não vou perder. A partir de amanhã, estará em cena "A Cidade" de Aristófanes, encenada por Luis Miguel Cintra, contando com um elenco de estrelas do humor nacional como Bruno Nogueira e Nuno Lopes.

A história do Rei Transparente

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Ofereceram-me ontem este belíssimo livro da espanhola Rosa Montero (A Louca da Casa). É uma incursão à Idade Média numa história que mistura história e fantasia de forma sublime. A ler.

Guilty pleasure

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Ando a ver Lois&Clark: As novas aventuras de SuperHomem, uma série americana sobre o super-herói voador que deve ser das piores coisas que a ABC já fez. Ainda assim é uma barrigada de rir, mesmo quando não é suposto, e tem uma Teri Hatcher na flor da idade.

Sim, voltei a ver Avatar.

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É um orgasmo visual.

Ouviste falar nos Morgans?

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Hugh Grant só tem jeito para comédias românticas, sempre com a mesma dinâmica. E não se importa. Desta vez tem como companheira, Sarah Jessica Parker, a estrela de Sex and the City.
Ambos são um casal, separado, mas ainda com um forte sentimento que parece não resistir à preenchida dos dois bem sucedidos new yorkers. Numa noite, em que arranjam tempo para jantar, acabam por assistir a um assassinato e o assassino começa a persegui-los.
Sob protecção, vão viver para a pequena cidade de Ray onde terão a oportunidade de perceber porque se apaixonaram.

PS: Que bem sabem as cadeiras VIP do El Corte.