Desde os meus 12 anos que leio Luís Sepúlveda. Numa viagem em Lisboa, tive que esperar duas horas pela minha tia. Entrei numa livraria e, com os dois contos que tinha na altura (nem sempre comprei livros todas as semanas como hoje faço com a sorte que hoje tenho) e comprei "O mundo no fim do mundo). Bebi um sumo no café ao lado e apaixonei-me por Luís Sepúlveda. Um fabuloso escritor chileno, com dores do regime de Pinochet claro, de 60 anos que vive em Gijon, Espanha.
Só depois conheci a obra-prima "O velho que lia romances de amor". O falso infantil "A história de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar". Os contos sublimes de "As rosas de Atacama". O policial de "Diário de um killer sentimental". A política de "O General e o Juiz".
Hoje li mais um pequeno prazer assinado por Sepúlveda. "A sombra do que fomos" conta a curiosa história de Cacho Salinas, Lolo Garmendia e Lucho Arencibia que, se reencontram num armazem recordando as histórias de uma juventude de "luta" enquanto esperam por um quarto companheiro. Mas, o companheiro não chega nunca. Está numa rua caído após lhe ter caído em cima um gira-discos...