Joana

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Tenho sempre remédio para tudo o que há de mau. Deito-me e abraço-te. Será de mim, ou o Mundo muda de cor, nesse momento?

Joana

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Desconfio que o Mundo se mantém harmonioso porque tu existes.
Juro que que já senti a Lua a cair e o mar a revoltar-se só porque estavas a dormir.
Quando acordas dás vida a tudo.

Natal, versão 2009

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Estou de abalada para o Alentejo. Chega mais um Natal e é hora de juntar a família à volta do bacalhau. Espera-me um frio que não passa. Mas já não espero por quem me aqueça. Esperam-me as delícias da cozinha da Mãe. A garrafeira do pai. A parvidade da mana. A inocência do afilhado. A cultura do tio. A gestão do tio. A classe da tia. A jovialidade do primo.

Falta de mais. Faltam os avós que se deitavam às 21hoo sem comer bacalhau nem ligar às prendas que o sono faz mais falta do que o décimo quinto perfume que nunca usariam mas tinham boas marcas estrangeiras e embrulhos do melhor. Os avós não queriam saber da Consoada mas estavam sempre a uns quartos de distânia. Agora já não. É por isso que não gosto do Natal.

Talvez só me recupere quando tiver filhos. Espero que sim. Quero gostar do Natal. Ter paciência para a árvore e presépio. Cantar. Dançar e usar um barrete estúpido. Agora estou mais perto. Já escolhi a mãe dos meus filhos. Um dia voltarei a gostar do Natal. Mas não já. É cedo.

O Chaveiro não está atrás do balcão. A Rosa não está à lareira. Dos Natais felizes sobra uma enorme casa vazia e por isso mesmo, refugiamo-nos numa pequena e fria casa.

AVATAR

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Trama: A história não é nova. Não é pela história que o filme é tão bom. Jake Sully é um soldado que, na sua missão, percebe pertencer a um mundo diferente e mais pacífico num refresh da história de Pocahontas.

Nesse aspecto, Cameron faz lembrar o Mestre Malick em O Novo Mundo com Jake Sully (Sam Worthington que nos foi apresentado no último Terminator) como um novo colono, perdido na violência gratuíta dos seus e guiado a um mundo melhor por uma misteriosa princesa que o ajuda. Aqui Pocahontas é Neytiri, uma esguia Na' vi de 3 metros, interpretada (sim, com o avanço introduzido por Cameron já se pode aplicar o conceito de interpretação já que as expressões do actor são captadas) por uma magnífica Zoe Saldana.

Jake Sully está preso a uma cadeira de rodas mas quando encarna o seu avatar é um agil Na´vi pronto a explorar o seu novo mundo, a apaixonar-se pela sua princesa e a perceber de que lado realmente está.


O melhor: os assombrosos efeitos especiais que nos deixam boquiabertos várias vezes; a interpretação dos actores; Pandora e todos os seus pormenores desde as montanhas flutuantes à fauna.


O pior: alguma ecologia barata e alguma falta de conteúdo na obrigação mostrada em pedir desculpa aos colonizáveis da História.