O homem no metro
Vi-o hoje de manhã. Era apenas mais um homem em mais uma manhã de humanidades. O metro parou, as portas furiosas abriram-se e ele saiu. Notava-se que era inocente e tinha a cabeça algo vazia. Diriam muitos que era um anormal. Correu para apanhar a carruagem da frente e enquanto o metro andava fechou os olhos como que na sua inocência soubesse que o mundo é feio. Depois agarrou-se a uma das varas do metro e rodou sobre ela como uma criança. Não pensar é ser feliz. O homem do metro sorria mais do que toda a gente no metro.
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