O regresso de um rei II
1- José Rodrigues do Santos volta a mostrar um livro a Portugal numa altura em que a sua vida como jornalista se encontra atribulada. JRS veio a público dizer que se sofre pressões na RTP para passar certas mensagens e a RTP veio a público dizer que JRS tem tiques de estrela e não é bom empregado. Era uma vez um jovem pivot que em 1991 se tornou na estrela do canal ao fazer em directo a cobertura da Guerra do Golfo nas suas primeiras dez horas. Hoje JRS está muito próximo de deixar a RTP.
2- Mas JRS é mais que um jornalista. O homem que diz ter preguiça de escrever mais volta a piscar o olho a Dan Brown com um livro que tem como pano de fundo as questões ambientais (bem jogado agora que Al Gore ganhou o Nobel da Paz pelo seu empenho na luta verde).
JRS não é um bom escritor. Mas é um optimo compilador de informação e , após o sucesso de Codex 632 ou Fórmula de Deus regressa com um livro com a mesma história : o simpático professor Tomás Noronha regressa para as suas aventuras desta vez com o fim do mundo que o homem não soube cuidar.
3-JRS é um homem inteligente. Lançou o livro numa altura em que o seu nome é falado e lançou um livro sobre uma questão da qual todo o mundo fala. Seja bom empregado da RTP ou não, JRS é um escritor eficaz e que proporciona uma leitura pedagógica e divertida. Pena é que mantenha há três livros a fórmula vencedora em vez de arriscar.
4-Confesso já ter lido umas boas linhas do novo livro e gosto. É leve e divertido mas fala de assuntos de pouco riso. JRS não é um grande escritor mas põe os portugueses a ler. E como o próprio diz tem o mérito de ter posto milhares de portugueses a ler sobre história e ciência. Mérito.
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