Marie Antoinette
Ao terceiro filme Sofia Coppola confirma-se como um talento do cinema actual e desprende-se de vez da sombra monstruosa do pai, Francis Ford Coppola.
Em Marie Antoinette temos a biografia da jovem que, aos 14 anos é sacrificada e parte para França para se tornar a futura Rainha, mas este filme não é um simples filme de história. Este filme como já ficou marcado em Lost in Translation é o filme sobre alienação, alienação de uma jovem a quem roubaram o lar para dar em troca um marido desinteressado por si (só consumou o casamento sete anos depois) e uma coroa em decadencia ( pouco depois deu-se a Revoulução).
O filme é dividido em 4 partes:
1-Marie na Austría natal e na chegada a território de França
2-Marie a chegar e deslumbrar-se com Versailles
3-Marie inspirada em Rousseau a viver com a natureza e com menos luxo
4-Marie no fim, despedindo-se de Versailles pouco depois de regressar. quatro anos depois seria morta.
O filme conta uma história que todos conhecemos mas afasta-se do Canal História, se dúvidas houvessem Sofia atirou-as para um canto mostrando numa cena um par de all-stars entre os sapatos da Rainha.
O anacronismo é também evidente pela banda sonora em tons indie que inclui nomes como os New Order e os filhos The Strokes.
Em suma um bom filme a ver, com a marca que Sofia já tem. Sofia mostra o humano visto de dentro.
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