Sudoeste
Todos os anos repete-se a história. E já passou mais de uma década. Por lá passaram milhares de jovens (milhares repetentes) e por lá passam a cada ano algumas das melhoras bandas do mundo.
Milhares correram à mítica Herdade da Casa Branca, perto da Zambujeira do Mar , no litoral alentejano para mais uma edição do festival Sudueste que ontem terminou.
Cedo se disse que este seria um ano fraco, que o cartaz não justificava o preço dos bilhetes e a trabalheira da deslocação, que é uma chatice acampar e apanhar todo aquele pó. E estas pessoas que disseram tais barbaridades quase acertaram, só não contavam com um pormenor: o Sudueste tem uma magia própria que só quem lá foi conhece e só quem lá vai.
É a magia de quem sabe absorver nas milhares de pessoas à sua volta a diversidade que alimenta as bocas que a alma tem, é o convívio com os mais próximos amigos e com os mais imperfeitos desconhecidos, é saber uma cerveja fresca temperada a gosto com um sorriso leve ou com uma estrondosa gargalhada. Este ano não abundavam nomes grandes no cartaz mas um melómano e um festivaleiro dá a hipótese a quem sobe ao palco, não fosse assim não teriamos aplaudido com surpresa (confesso) concertos muito bons de por exemplo os Cinematics.
Pontos mais esperados: James, ontem, que justificaram o papel de cabeças de cartaz ao dar provavelmente o melhor concerto do Sudueste. Os James estavam afastados há já seis longos anos e com uma fome de palco que foi saciada pelos aplausos fieis dos fans portugueses.
Manu Chao e Damian Marley eram muito esperados no dia do "Tá-se bem" e não desiludiram nada. Talvez Marley II tenha sido melhor.
Nas desilusões os Buraka Som Sistema mostraram que não têm estaleca para fechar um dia de Sudueste. Não me levem a mal, acho-os o projecto mais inspirado e original dos últimos tempos mas têm poucas canções e encheram chouriços a mais. O grito "filho da puta" foi chato quando ouvido mais de dez vezes. No mesmo dia, sexta-feira, os americanos Cypress Hill desiludiram num concerto de rap agressivo e onde as passas entreram mais que o som. O falar espanhol também não ajudou ao contrário do que o grupo pensou.
O recinto estava bem apresnetado com boas condições de higiene e com a zona das comidas surpreendentemente limpa. Para além do imponente palco TMN existiam mais dois: um para música electrónica e outro secundário.
Em suma este Sudueste , tal como nos anos anteriores, mostrou a essência do que é estar num festival. Descontrair e abrir a mente. A vida faz-se destes momentos.
3 comments
O cartaz era de facto uma treta, até Groove Armada me desiludiu. Mas o que realmente justificou o eurozito gasto foi a Imperial e principalmente o ambiente fantástico. Ahh..e a jeitosa marina do funk e o kuduro progressivo dos buraca.lol.Só mais uma coisa...k raio foi akilo dos Australian Pink Floyd no palco principal??Poupem-me..
Mas vale sempre a pena olhar à volta na praia, no parque, num restaurante, etc. e sentir que fazíamos parte de um grupo, um grupo gigante é sempre o melhor do festival. Encher a Zambujeira de gente jovem e bem disposta é sempre bom.
Até p o ano Sudoeste.
Quem faz o ambiente são as pessoas e as melodias...!
James foi excelente, Groove Armada, Koop, Manu Chao, Damian Marley, Babylon Circus...e muito mais!Aceitam-se as divergências de opiniões da qualidade do cartaz. Os Australian Pink Floid concordo que foi uma treta para terminar a noite! Os Buraka apresentaram uma péssima qualidade de som e de repertório mas as ancas abanaram bastante!
Mas para quem queria ver ao vivo grandes revelações e conhecer grandes grupos em boa marcha, este festival dava essa oportunidade!
A cerveja estava carissima e as WC eram poucas!ahhh e no ultimo dia já não se podia beber abadia ou água das pedras...E que tal porem um écran com os horários como deve de ser!Sugestões para tornar este festival cada vez melhor com um espírito tribal em que o pó reina ;)
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