Agora na taberna apenas anda a minha avó. Bi-viúva vai estando no seu espaço como se ali onde viveu 55 anos com o avô as memórias lhe dessem as forças que a diabetes lhe tira. Magra, confusa, só chora quando estamos desarmados. Conhece de perto quase todas as desgraças da vida. Agora está sozinha. À volta há homens a quem faz falta o tacho cheio que o avô oferecia com dignidade aos que nada tinham em casa. Até os cães se deitam à porta. O Cercal é pequeno. Agora é ainda mais.
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