Cinema - District 9

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O sul-africano Neill Blomkamp, realizador, e o neo-zelandês Peter Jackson, produtor, trazem-nos a pitoresca história de Wikus van de Merwe (Sharlto Copley), um responsável da MNU atacado por um estranho vírus. Sendo a MNU a organização que tutela os assuntos de seres extraterrestres e o estranho vírus algo que transforma, pouco-a-pouco, numa metamorfose muito kafkiana, Wikus num alien.


O filme começa em formato de documentário e conta a história de como uma nave alien ficou parada em cima de Joanesburgo e os seus ocupantes, um milhão de et´s parecidos a gafanhotos, não sabem o que fazer. Os desorientados seres, sem iniciativa e com falta de liderança, são levados para terra mas não se adaptam causando distúrbios e mau-ambiente, por exmplo para os gafanhotos é divertido fazer descarrilar comboios, para os humanos nem por isso. Os sul-africanos, usando de racismo contra os bichos (temos metáfora do Apharteid, temos!) fazem uma pressão tal que os et´s são enfiados num bairro de lata gigantesco - Slumdog metts Alien.


É neste bairro de lata ou Distrito 9 que, Wilkus, na sua acção de despejar os aliens para um campo mais distante da cidade é atingindo por um líquido que o transforma aos poucos num deles. É mais ou menos por aqui que o filme deixa de ter piada. A vertente antropológica de vermos a interação humanos/et´s transforma-se numa típica luta entre o bem e o mal acabando com o piscar de olhos a uma sequela. Ainda, assim, a premissa é fantástica e, a espaços, tem momentos geniais.