Filme - Para a minha irmã
Nick Cassavetes é especialista em fazer chorar as pedras da calçada, senão olhemos para John Q. ou para O Diário da nossa paixão. Mas, desta vez, não há quem entre na sala de cinema que não saia lavado em lágrimas.
Para a minha irmã conta a história de uma miúda de 15 anos que sofre de leucemia há 14. Para tentar salvar-lhe a vida, os pais (Cameron Diaz numa bela actuação e Jason Patric morno) decidem ter outra filha que durante a sua vida de 11 anos vai doando medula, glóbulos e tudo o que fizer falta à irmã. É a irmão mais nova que assegura a vida à mais velha mas, farta de ser tratada como um "depósito de peças suplentes" a pequena Anne (uma amorosa e promissora Abigail Breslin que descobrimos em Uma família à beira de um ataque de nervos) decide processar os pais e começa em tribunal um processo para conseguir a emancipção médica com a ajuda de um conhecido advogado (Alec Baldwin).
O filme toca todos ao ver uma criança de cabeça rapada, a fazer quimioterapia, a vomitar sangue e a tentar puxar pela família. A mãe que deixou de viver para se dedicar à doença da filha é uma bela personagem. A pequena irmã que também quer ser importante para a mãe está bem construída mas, dá ideia de que o filme é demasiada disperso e pensa que basta colocar as pessoas a chorar.
Falta explorar mais o pai (Jason Patric está sem sal e já o vimos fazer melhor), falta que as história que gravitam à volta da doença de Kate sejam mais complexas. Falta conteúdo para além do telefilme dramático.
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