Cinema- Música e letras

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Hugh Grant é o rei das comédias românticas (esse género de cinema que é visto como "light" e menor mas que diverte milhões de pessoas em todo o mundo) e regressa em grande no seu novo filme: Música e letra.

Este é na minha opinião o melhor filme romântico que Grant já fez pois é original. É claro que existe a habitual história do homem e a mulher que se amam mas só podem viver felizes para sempre depois de duas horas de cómicas peripécias mas este filme tem algo mais. Um "je ne sais pas quoi".

A história é muito original e divertida. Uma antiga estrela pop dos anos 80 (um genial Hugh Grant) caída em desgraça e esquecida é convidada pela diva pop da actualidade (uma sátira a Cristina Aguilera e Britney) para em tempo record compor um dueto.

O problema é que o cantor nunca tinha escrito uma letra antes e precisa da ajuda de uma misteriosa rapariga que lhe rega as plantas e se revela uma grande escritora.

O filme funciona bem devido à história original, à crítica leve mas ao mesmo tempo profunda à indústria musical e funciona também pela química da dupla Grant-Drew Barrymore.


PS: A primeira cena do filme vale por si só o bilhete de cinema. Uma divertida recriação dos videoclips dos anos 80 onde se vê Hugh Grant com roupa, penteado e "moves" de "popstar". Hilariante.

Cinema- O véu pintado

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Na China de 1935 colonizada pela Inglaterra um médico apaixona-se por uma menina mimada que se casa com ela apenas para escapar ao domínio dos pais. Cedo o casamento corre mal quando Kitty começa a trair o marido que não ama.


Como castigo o médico oferece-se para dirigir as operações de combate a um surto de cólera numa região remota e abandonada da China, a mulher infiel acompanha-o.


Depois o prevísivel: a situação desesperada do surto de cólera aproxima o casal que por fim vive o seu amor.


Destaque para a calsse do par principal Naomi Watts e Ed Norton que são o filme, eles brilham numa história com pouca imaginação mas ainda assim interessante como estudo da socieadade da altura na China.

O mundo encantado de Beatrix Potter

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"Once upon a time there were four rabbits", assim começa "The tale of Peter Rabbit" de Beatrix Potter, o primeiro livro da autora inglesa que é a autora de livros infantis mais vendida de sempre.


Peter (ou Pedrito nos livros em português) é um simpático coelho que nasceu da arte de Miss Potter, Miss Potter essa que arriscou a arte de contar e pintar histórias quando uma rapariga de famílias abastadas devia apenas sonhar com um bom casamento. Beatrix não era assim, vivia no seu próprio mundo.


Chega agora aos cinemas a história da vida de Beatrix. Num filme bonito e sensível vemos um bom desempenho de René Zellwegger ( Diário de Bridget Jones, Chicago, Cold Mountain) que apesar de não ser das minhas actrizes de eleição e de não estar à altura de uma Nicole Kidman ou Charlize Theron desempenha neste filme o papel central com competência.


Vemos todas as facetas da vida de Potter: a arte como centro da sua vida pondo de parte o casamento, a sua esperança e teimosia em ser publicada, o seu caso amoroso com o seu editor Norman Warne, a díficil relação com a mãe e ainda o seu lado de ecologista que a levou a comprar e preservar várias quintas no campo britânico.


É um filme sem grandes reviravoltas e sem grandes surpresas mas é um filme bem feito que mostra uma biografia interessante de uma mulher à frente do seu tempo (1866-1943) que é a maior escritora de livros infantis da história da humanidade.




PS: O filme vale também pelas bonitas paisagens e como estudo da sociedade inglesa de 1900.