Cinema - Os Homens que odeiam as mulheres

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Um livro nunca cabe num filme. Muitas vezes saem maus filmes por isso mesmo e quase sempre saem filmes altamente criticados. Este já fui criticado pelos mais puristas, mas eu que li avidamente os três livros Millenium de Stieg Larsson, vi hoje e gostei muito.


Primeiro o mau. Falta explorar a relação de Mikael e Erika. O filme não consegue nunca dar a profundidade que as personagens que gravitam à volta de Lisbeth e Mikael têm e que, quanto a mim são o segredo do sucesso dos livros. O filme não pode captar as maravilhosas descrições de dezenas de páginas. O filme apressa-nos.

Agora o bom. Noomi Rapace está perfeita como Lisbeth e, Michael Nyqvist está perfeito como Mikael. A história, de quase três horas, tem ritmo, diverte e não é nada chato. Os Vanger estão bem apanhados. A fotografia é boa. Tem um toque comercial e brilhante de cinema americano mas ao mesmo tempo é frio e cru como o cinema europeu.

Bom.

Aquelas pessoas

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Sugiro que se olhe para o comportamento das pessoas numa sala de cinema como um barómetro da evoluição de um país. Se assim for, veremos que somos um país muito atrasado.

Na infância lembro-me de que na minha terrinha, os adolescentes falavam e comentavam todos os filmes. Na altura não sabia o que fazer. Hoje sei. Se pago o meu bilhete, exijo ver o filme descansadamente e em silêncio e mando calar os mal-educados.

Em geral, os portugueses são mal-educados no cinema. Chegam tarde e não têm problemas em passar à frente do ecrão, de furar a fila até ao lugar sem pedir licença nem dizer obrigado, em comer fazendo muito barulho, em sorver os refrigerantes e, o mais irritante, em falar todo o filme. Pschiuuuu.

Já cá canta!

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A avó de todos os políticos

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A fantástica história de uma senhora que é candidata a uma Junta de Freguesia aos 97 anos.

FIFA 2010

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Amanhã há mais boas notícias para os fanáticos do Mundo das Consolas. É dia de chegar aos escaparates mais um FIFA, desta vez na versão 2010. Depois são só mais 20 dias até ser dia de PES.

GO!

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Começa hoje a vender-se (em massa) a nova máquina da Sony, da família Playstation: a consola portátil PSP Go. Após o sucesso da PSP, com várias versões, chega uma espécie de PSP II. Este novo modelo é mais pequeno, tem um ecrã com mais definição, o teclado desliza por detrás do ecrã e, grande novidade, não há jogos à venda nas lojas: são todos descarregados de um portal da Sony.
A primeira grande malha é o novo Gran Turismo a estrear nesta consola antes de em todas as outras.

Na linha de tiro

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De repente, já nos 45

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Punhez

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Punhez! Que saudades.

Todos os domingos enquanto era moço pequeno o almoço era aquela bogeda: bacalhau guisado com batatas! Todos os domingos eu reclamava mas ninguém me ouvia. Hoje sem a divina cozinheira que a Avó Rosa era até do bacalhau guisado com batatas sinto falta e a saudade deste calibre é uma porra!

Havia coisas que não comia: aqueles rins fritos metiam-me asco; os miolos com carne frita nem vê-los, as cabeças de borrego dispensava, a açorda só me conquistou tarde, migas dava-as e papas ficaram na criancice.

À da avó comia-se quase sempre bem. Não havia nada como aqueles frangos caseiros a que o Norberto matava no quintal, a mãe depenava e a avó tratava de lhes aplicar a sua magia: tempero que ninguém igua e uns pimentos na quantidade certa. Aquela carne com um pãozinho do Cebola era um manjar divino.

Depois havia as sopas. Aquelas sopas de tomate com peixe fresco do melhor eram de suspirar. As de baldroega com um ovinho escalfado eram outra maravilha mas, mais frequentes eram as açordas com pão, azeite, água, alho e salsa.

Havia os peixes, fritos com tal mestria que nunca vi ser igualada. Das petingas ao melhor peixe-espada tudo podia ser frito e degustado no Verão na mesa do quintal com a companhia de uma salada das boas.

Havia as festividades: no Natal bom bacalhau com mestria, o pato de molho, o frango de molho. Na páscoa o borrego de molho, o borrego com ervilhas. Isto eram comezainas dignas de Eça.
Depois havia os cozidos e jantares. Não gosto por aí além de couve mas o cozido de couve da Avó comia-se e não se reclamava. O jantar de grãos era o expoente máximo.

Esta é uma pequena viagem à cozinha da Avó Rosa, que, maior que o coração só teria o talento para os bons petiscos. Obrigado.


PS: Lembro-me bem que, por mais do que uma noite, ainda nos tempos de lucidez, não dormiu pensado no que seria o almoço para nos agradar. Soubesse ela que agradava sempre e teria dormindo mais.

Sinto que descobri o meu Benno von Archimboldi

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Já estou a ler 2666 de Bolaño e percebo agora a bolañomania.

Este fim-de-semana soube-me bem rever estes filmes

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The National Treasure
As good as it gets