Cinema - Austrália

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  • Fé. Esta é a característica em comum a Wall-e e a este Austrália. Fé no cinema. Fé em alguns realizadores. Fé de, que não está tudo feito. Fé de que a experiência da sala escura há-de ser sempre superior a qualquer sistema de ver dvds em casa. Fé nos grandiosos filmes.



  • Wall-e era futurista apesar de honrar uma longa tradição de robots cinéfilos. Wall-e passava-se no espaço mas levou-nos de volta para os "old days" do grande cinema. O cinema como ideia romântica de um momento que nos faz sonhar. Regressamos aos Nickelodeon´s (Paraíso onde se paga um níquel, ou as primeiras salas de cinema).

  • Já não me esperava deslumbrar mais este ano. Nos últimos anos ou se tem surpresas ou se espera pelas últimas fitas de Woody ou Clint. Com tanta introdução já se deve ter percebido que vejo neste Austrália uma obra-prima de Baz Luhrmann (4 filmes em 16 anos).


  • Lady Sarah Ashley (Nic Kidman) é uma aristocrata inglesa na Londres dos anos 30, tem o seu aventureiro marido na Austrália a tentar fazer de uma manada de vacas a manuntenção da riqueza do casal. Com pouca fé no marido Sarah viaja para a Oceania apenas para já o encontrar morto. O fabuloso papel de Kidman vai passando de uma requintada lady para uma desembaraçada amazona. A grande tarefa de Sarah é levar 1.500 cabeças de gado até ao porto de Darwin onde venderá ao exército carne para as tropas comerem à beira da II GM. Sarah é uma senhora em Inglaterra, é a senhora patroa na Austrália, é bondosa para os empregados e dura perante a crueldade do capataz que se torna seu mortal inimigo. Sarah é viúva uma e duas vezes. É mãe sem o ser. É um papelão que contraria uma rídicula crítica que hoje li.

  • Para ajudar na tarefa conhece Drove (Hugh Jackman) que, no seu papel de solitário cowboy a ajuda na tarefa e, claro, protagoniza uma memorável romance. A personagem de Jackman é o típico durão solitário (com um passado que o fez assim), é um homem que por se dar com os aborígenes é desprezado pelos "brancos", é um homem que faz questão de se dizer livre e afirma várias vezes "ninguém me contrata, ninguém me despede", é um homem que não resiste aos encantos de Kidman e, a dada, altura temos uma valente sequência de beijos (incluido o beijo à chuva que qulaquer grande romance tem que ter). Temos ainda um Jackman herói de guerra mas não posso revelar muito mais.

  • Há ainda a questão dos aborigenes. Toda uma geração de "creamys" filhos de mães locais e de brancos que, só querendo divertir-se, criaram "gerações roubadas" mais discriminadas que os próprios "negros". É um desses meninos que se torna uma peça central. Para começar é o narrador. Num inglês tosco relata toda a saga. Conta as histórias. Torna-se o centro a partir do qual tudo se desenrola.

  • Austrália é um western com cenas de brigas nos saloons (neste caso o bar é de um russo chamado Ivan), é um romance, dramalhão, melodrama à escala de E tudo o vento levou, é um filme de guerra com cenas que parecem cortadas de Cartas de Iwo Jima, é um pedido de desculpa aos aborigenes como já o tinha sido A vedação. É muito mais. É uma carta de amor de Baz à Austrália. É um postal ilustrado pela sua maravilhosa fotografia.



  • O filme aproveita o filão de Hugh ser o homem mais sexy do mundo e quer ajudar o turismo local mas, é um dos filmes do ano. Tem clichés. Muitos. Mas assumidos e funcionam bem.

Cinema - Bolt

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Depois da estreia de Wall-e poucos filmes de animação poderiam brilhar este ano. Madagáscar já não deve ter parte três, Panda do Kung Fu teve piada mas, a animação só voltou a ser digna de nota neste fim de ano com a história do cão Bolt.

Bolt é um cão que protagoniza uma popular série de TV, mas, Bolt pensa que as suas aventuras são reais. Bolt não sabe que é uma personagem de TV e, vive o dia-a-dia com o empenho do herói que pensa ser. Um dia descobre que é um cão comum e, começa à procura de si próprio.


PS: a sequência inicial de Bolt enquanto cachorro é um mimo.

Apontamentos sobre o que me faz falta

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O Alexandre era como um irmão para o avô. Passa pela porta da sua casa e chora. Sempre.
A avó perdeu o interesse por tudo. Está a morrer de amor.
O avô alimentava pobres. Hoje honrámo-lo nisso.

Prenda da namorada I

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A melhor série de sempre é Band of Brothers. Mas, viciei-me em Rome, Prison Break e, Heroes. Adoro coleccionar bonecos, tenho vários goodies de cinema. O melhor presente que recebi este ano foi uma edição limitada de Heroes 2 (luxuosa, com imensos extras) que vinha guardada por cinco bonecos. LINDO. A única vez neste Natal que me senti um puto. Obrigado Bé. Amo-te

Prenda da namorada II

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A melhor namorada do mundo ofereceu o Swatch - Colecção 007 Jaws. Do caraças!

Prenda da mãe

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A mãe apesar do dinheiro (de mais) que já me havia dado ofereceu-me uma grande e generosa caixa de After Eight. Hummm.

Em memória do avô

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Tenho 24 anos. 23 Natais foram passados com o avô. Este já não será. Naquele dia de verão entrei na ambulência e o avô comigo. Não voltou a sair. À medida que o Natal se aproxima só me lembro do vazio que será. Sem o avô esta festa não tem nada para festejar. Apetece-me que seja já 26 de Dezembro. Mas é pior. Nesse dia faz seis meses de falta dele.
Sei que vai doer porque já doi. Sei que doi porque é o primeiro Natal sem ele mas, ninguém me convence de que para o ano será melhor. Não será. A dor não passa nunca. Habituamo-nos a ter buracos. Habituamo-nos a sobreviver. Mas nunca passa.
Com o avô jantávamos cedo no dia 24. O bacalhau com todos. Um doce. Abríamos as prendas e pronto. A 25 um almoço com vários e deliciosos pratos. Este ano será assim mas sem avô portanto não será assim mas sempre menos. Desde aquele dia tudo é menos.

Coisas estúpidas para fazer hoje

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Ir ao Colombo

O Benfas é campeão de Inverno

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O Benfica empatou em casa a zero tal como havia acontecido ao Sporting e FCP. Se houve azar e azelhice em Alvalade e Dragão parece que ontem anularam um golo limpo ao Benfas. Assim não gosto.

Mesmo em parceria gastamos uns milhões, ou não?

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Estamos em crise e somos o país mais pobre da UE. Que fazer? Avançamos para a candidatura ao Mundial 2018...

Liga Sagres

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Quem quer ser campeão não pode falhar tantos golos como o Sporting falhou frente à Académica. Não se pode sempre contar com São Liedson. Se calhar é repensar a não ida ao mercado...
O FCP também empatou em casa a zeros e o Bnefica hoje pode deixar a concorrênca a 5 pontos.