O melhor post que o meu blog já teve

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É para mim uma honra ser chamado de irmão pela pessoa que escreveu este texto (quanto a mim puramente genial) que abaixo apresento:


Síndrome dos romances..(a excentricidade da dor)


Todos dizemos que acreditamos ter encontrado o verdadeiro amor e a pessoa com quem julgamos poder viver o resto da vida..mas de repente acordamos e realizamos que temos 20 anos...acordamos e batemos com a cabeça, mas só doi realmente no coração...porque deixamos instalar em nós uma tristeza que só se torna mais leve quando os olhos vêm o fundo do copo, sóbrios percebemos que o nosso anti-virus falhou..e gostávamos de formatar as memórias na esperança de aliviar todo o peso de àgua que se tem atrás dos olhos..mas o nosso sistema operativo não reage está fraco e esmagado contra o chao por causa de uma palavra que é tão vulgar hoje em dia..(amor).. No entanto tentamos lutar e nadar no liquido escuro que se apoderou do interior do nosso corpo onde flutuam todas as boas recordaçoes para nos fazerem sentir e lembrar que estamos afogados na dor e que por muito que tentemos insistir na impossibilidade de enganar o tempo não vamos ter “alta” tao cedo, não vamos numa precaria “incondicional”...porque estamos doentes, estamos presos..temos um virus mas não somos formatados..estamos só em “stand-by”..”enterrados”.. Fingimos ter um coração virtual e programado que controlamos e reprimimos sempre que as perguntas dos outros nos “vazam” como flechas na tentativa de saberem mais de nós..mas a nossa blindagem impenetrável não nos atraiçoa como os nossos olhos o fazem, ao se desviarem para o infinito..que é em tudo igual a nossa dor.. ....Todos nós evocamos e auto-proclamamos o nosso sofrimento como o principal,o maior,o mais digno,o mais doloroso...numa inocente e naife visão do mundo e das pessoas como elas se tratassem de meros espelhos que só reflectem como imagem principal a nossa dor egoista...deixando assim todas as outras(dores) a vaguear no esquecimento e no “dossier do promenores superficiais..” que não nos afectam...mas que existem e que só elas sentem!! A nossa dor não pode ser nunca comparada, com a dor de quem perdeu tudo ou com a de quem nunca teve nada!


Filipe Araújo, músico

Puerta

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Morreu ontem António Puerta, talentoso esquerdino do Sevilha. Nasido e criado em Sevilha jogou no Sevilha desde sempre e era hoje dos mais talentosos e promissores jogadores de Espanha. Apesar de ser um atleta de alta competição e ser muitas vezes submetido a exames a morte entrou-lhe pelo corpo adentro.

Tombou no jogo com o Getafe e ainda se levantou para tombar no balneário e morrer uns dias depois. O futebol ficou mais pobre, a vida também. Perde-se um jovem de apenas 22 anos.

A vida é muito maior que o futebol e os adeptos do Bétis (clube super rival) marcaram presença no estádio do Sevilha para gritar a uma só voz: Puerta. O arrepio da humanidade.

R.I.P. EPC

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Eduardo Prado Coelho partiu e com ele partiu uma imensa porção da cultura portuguesa. Não tenho competência para biografa-lo. Tenho competência para ter memória. Um dia, numa aula de Língua Portuguesa há cinco anos, no primeiro ano de faculdade, o professor fez com que analisemos uma das crónicas de Prado Coelho, tomei contacto com o jeito elitista e ao mesmo tempo aberto de escrever daquele homem até aí não conhecia.


Passei a comprar o jornal todos os dias e não mais parei. Quantas vezes terei eu comprado o Público só para o ler? Imensas, e de cada vez valeu a pena.


Adeus Eduardo Prado Coelho e obrigado.