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Não me sei fartar de ti. E, é arte que não quero sequer saber se existe. Saber de cor alguns capítulos teus e tentar estudar o resto faz me andar. Ás vezes sinto que respiro quando sopras. És o meu ar, lugares comuns à parte, afinal acredito que não é nada comum o amor que te tenho em qualquer lugar.
Escrevo-te como se as palavras te pudessem animar. Podem? Talvez sim. Porque não tentar? Sei dos teus dias em negro. Que a tristeza te aluga minutos, horas, dias. Sem razão ficas vazia de sentido e no entanto sabes das tuas razões. Ficas assim amorfa e eu olho. Ver-te triste é para mim uma tortura tal que não pára a minha razão de pensar em te absorver esses negros buracos.
Não posso. Não sei. Sei que cabe a ti curar-te das tristezas e a mim, tentar mil vezes, mesmo que sem sucesso animar-te. Pode tudo correr mal amor, mas eu estou aqui. Fiel como o mais fiel cão. Deponho-me a teus pés alvos. Estou aqui. Sinto que isso faz a diferença.