Cinema - Inglourious Basterds

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Quentin Tarantino regressa para nos presentear com um festival da mais profunda demência rísivel. Inglourious Basterds é a história de um peculiar grupo de homens (os Basterds do título) que não estão "no negócio de fazer prisioneiros" sendo a sua única ocupação e arrisco-me a dizer gozo, matar judeus. Mas, há a fabulosa Shosanna Dreyfus que nunca encontra os "Sacanas" mas bem podia ser um deles e, há a melhor personagem do filme: Landa.
Capítulo I: É-nos apresentado Landa. O Caçador de Judeus chega a casa de um camponês de Nancy e, fala francês sendo muito cordial, pondo o dono da casa à vontade e, após uma demente reflexão sobre como os alemães seriam falcões e os judeus ratos, passa, já em inglês a perguntar onde abriga o atormentado agricultor a judia família Dreyfus. Apresentado cinismo e brilhantismo de Landa, chega a primeira cena de violência com a matança dos Dreyfus. Apenas Shosanna se escapa.
Depois são-nos apresentados os Basterds: o Tenente Aldo, o Apache, com um cerrado sotaque do Tennessee (que não fala uma palavra de mais nada, como se vê no cinema onde é suposto fazer de italiano); Donny o "Urso Judeu" cuja especialidade é matar nazis com um taco de basebol e ainda o intratável Hugo Stiglitz , um alemão com pouca simpatia pelo nazismo e que matou oito oficiais antes de encontrar os Basterds que lhe elogiam o trabalho mas lhe perguntam se ele quer tornar-se pro. Torna-se.
Em paralelo, Shosanna, a jovem que fugiu da matança de Landa, é a jovem dona de um cinema parisiense onde, através de um jovem herói de guerra alemão, se vai estrear o novo filme do Ministro da Propaganda, Goebbels. Nessa noite o Estado Maior alemão reune-se e tanto Shosanna como os Basterds arquitectam planos para matar os altos quadros nazis.
Esta é a história mas o que se bebe da fita é a loucura brilhante de Landa; o simplismo de Aldo e a violência extrema dos Basterds, a classe da agente-dupla Bridget, a beleza e arrojo de Shosanna e, os incontroláveis risos que nos provocam os mais pequenos pormenores que Tarantino nos oferece. No fim, como diz o guião "risos tétricos".