A quadrilha- Parte III

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Os seus caminhos separaram-se. O João foi para os Estados Unidos estudar gestão, sempre teve jeito para números, era sempre ele que ficava que dividir as contas dos jantares. A Teresa percebeu que amava mais Deus que Raimundo e foi para o convento, para grande espanto de todos. O pobre Raimundo, o mais radical de todos, entrou para desporto. Morreu num acidente de moto dois anos depois daquele Verão, este acidente ficou-lhes marcado. A Maria que sempre foi a mais bonita, foi para design. Pode-se dizer que tem uma carreira de sucesso, mas com tantos pretendentes, não soube escolher e ficou para tia. O caminho mais inesperado foi o do Joaquim. Perdeu-se e só se encontrou de novo no Bairro do Sol, sozinho, encostado à árvore, com uma caixa de comprimidos ao lado, depois de riscar o seu nome, ele não voltaria.Depois daquele Verão no Bairro do Sol em que o amor os baralhou, só se voltaram a encontrar três vezes. A primeira no funeral do Raimundo, no qual choraram e fizeram promessas de se ver mais vezes, por eles, pelo Raimundo. Nada fizeram. A segunda no funeral do Joaquim, redobraram as promessas entre lágrimas. Estas secaram e com elas as promessas, só mais uma vez se viram. Por fim a terceira, no súbito casamento da Lili no qual perceberam que se tinham perdido e fizeram votos de nunca mais se separarem