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Tenho 24 anos e faço parte da última geração de miúdos que não tinha consolas na infância mas sim imaginação.
Sou viciado em consolas mas na infância tinhas opções muito melhores. Tinha a magia da "rua de trás", perto da minha casa e onde uns putos amigalhaços se juntavam para a brincadeira. Na "rua de trás" jogava-se à bola. Os mais novos ou os mais ingénios ficavam na baliza de baixo que era inclinda e perdiam sempre. Na rua de trás faziam-se corridas.
Melhor era o "forno" um maravilhoso terreno que não era de ninguém e que tinha um antigo forno de cozer pão. Lá havia canas que arrancavamos para fazer casa, esconderijos de guerra ou para sermos índios com lanças à caça ou soldados mediavais com longas lanças. No forno também se jogava às escondidas.
Com as aulas de manhã era almoçar e brincar. Só ao jantar è que as mães apareciam a chamar: Francisco, Nuno, Carlos e pronto. Hora do banho, do jantar e da cama...
Dentro de casa tinhamos os "playmobil". Cedo me fartei de serem guerreiros e fi-los jogadores da bola. A bola era um berlinde e as balizas eram de palhinhas com arame dentro e as redes das caixas da fruta como rede da baliza.
Hoje o meu afilhado de dez anos vive num tempo em que não inventa mas sim compra.

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Anonymous 05 December, 2008 04:59

ainda por cima tiveste o privilégio de crescer num sítio onde haviam esses terrenos. os meus eram só no verão, aí, tão perto de ti