Amor

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A avó chega de manhã à casa onde o avó já não mora e diz bom dia. À noite despede-se com um boa noite. É preciso chegar à demência para chegarmos ao amor ou o amor resiste à idade?

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Anonymous 19 February, 2009 12:09

Prefiro achar que o amor e a saudade daqueles que mais amamos resiste ao tempo e, até, à de mência. Se dermos lugar ao medo ( da morte, da ausência) paramos de viver, mesmo que o corpo não pare de se mover.Prefiro pensar assim. É uma forma de serenar a minha velhice ainda distante. Já passei por uma fase complicada em que a minha memória transbordou por completo. Por vezes ficava em pânico, porque me esquecia de pessoas importantes ou me lembrava do que não devia. Agora que recuperei estou a aprender viver um dia de cada vez, a amar.

Anonymous 19 February, 2009 14:32

Ou saberá que ele ainda não foi embora?

Rock Santeiro 20 February, 2009 05:13

Grande pensamento, Francisco. É certo que é uma interpretação tipo copo meio cheio ou meio vazio. Mas apela ao mais bonito de nós, enquanto a do copo se fica pelos optimistas e pelos pessimistas.
PS. Emenda o acento em "avô" :)