Amor
A avó chega de manhã à casa onde o avó já não mora e diz bom dia. À noite despede-se com um boa noite. É preciso chegar à demência para chegarmos ao amor ou o amor resiste à idade?
Onde poemas se misturam com consumismo, onde são criticados filmes e livros, onde se vibra com futebol e jogos. Onde é bem-vindo o leitor
3 comments
Prefiro achar que o amor e a saudade daqueles que mais amamos resiste ao tempo e, até, à de mência. Se dermos lugar ao medo ( da morte, da ausência) paramos de viver, mesmo que o corpo não pare de se mover.Prefiro pensar assim. É uma forma de serenar a minha velhice ainda distante. Já passei por uma fase complicada em que a minha memória transbordou por completo. Por vezes ficava em pânico, porque me esquecia de pessoas importantes ou me lembrava do que não devia. Agora que recuperei estou a aprender viver um dia de cada vez, a amar.
Ou saberá que ele ainda não foi embora?
Grande pensamento, Francisco. É certo que é uma interpretação tipo copo meio cheio ou meio vazio. Mas apela ao mais bonito de nós, enquanto a do copo se fica pelos optimistas e pelos pessimistas.
PS. Emenda o acento em "avô" :)
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