A casa

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Ele não conseguia deixar de sorrir de cada vez que passava por aquela casa. Era a casa dela mesmo que já há muito tempo que o não fosse.

Ela tinha lá morado apenas quatro meses e ele só a tinha conhecido num desses quatro meses mas não conseguia evitar sorrir das vezes em que passava pela casa dela e quando precisava sorrir não conseguia evitar passar pela casa dela.

Ela era um espanto mas não sabia. Ele tinha olho para ver que ela era um espanto e tinha jeito para lho dizer. Um dia ela percebeu que era um espanto e deixou vazia a casa.

Mas ele lembra-se de quando a levava a casa e a beijava como se lhe sugasse a alma a prestações. E sorria.

Passava pela casa e sorria, ela estava lá dentro.